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today CIOSP São Paulo Feb. 03, 2017

nA saúde pública bucal como política de uma nação. Ontem, durante o Encon- tro de Coordenadores de Saúde Bucal do Estado de São Paulo, o debate focou- -se na ampla defesa do direito à saúde, no Sistema Único de Saúde (SUS) e es- pecificamente na saúde bucal assegu- rada a todos os brasileiros, conforme prevê a Constituição. “Precisamos as- segurar esses direitos. Nenhum direito a menos”, afirmou Paulo Capel Narvai (FSP/USP), que coordena o projeto jun- tamente com Paulo Frazão (FSP/USP), Marco Manfredini (CROSP), Celso Zil- bovícius (USP) e Helenice Biancalana (APCD). “A política de saúde nacional é do país, não é de um governo, e deve ser decidida em conferências, em debates públicos. Ela ganha expressão nos mais de seis mil municípios, estados”, afirma Paulo Capel. “Como se expressa a polí- tica nacional nos estados e municí- pios?”, indagou, lembrando que neste momento, após as eleições municipais, as prefeituras estão definindo novos se- cretários e diretores de Saúde. Durante a mesa de abertura do evento, intitulada “Municípios: para onde vai a saúde bucal no SUS”?, Paulo Capel salientou a necessidade da classe odontológica discutir o papel do SUS e dos municípios no âmbito da saúde, pro- porcionando aos gestores públicos con- dições de tomarem decisões importan- tes sobre a saúde bucal. “Este é o projeto de Saúde Coletiva”. O papel dos municípios também foi salientado por Doralice Severo da Cruz, coordenadora técnica de Saúde Bucal da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. “Em tempos de transforma- ção dos repasses em custeio, nós coor- denadores temos que ter uma ação mais firme para garantir os investimen- tos. Que ações temos que ter quando muitos municípios vão discutir seus planos de ação?”, questionou. Marco Antonio Manfredini, do Con- selho Regional de Odontologia de São Paulo salientou que o conselho integra essa luta de melhoria de qualidade da saúde bucal da população. Juntamente com outros conselhos regionais da área de Saúde o conselho tem participado de uma série de eventos, inclusive na As- sembleia Legislativa, em defesa do SUS. “Tivemos um momento de expansão da política de saúde púbica entre 2003 e, após esse período, tivemos uma estag- nação do setor. E agora vemos o fecha- mento de serviços”. Segundo ele, o Fó- rum de Defesa do SUS e da Seguridade da Saúde tem como proposta justa- mente defender, entre outras questões, que não haja perdas de investimento no setor. “Estamos vivendo um processo de muitas mudanças na coordenação na- cional. Houve pressão para extinguir número de pessoal”. A situação atual exige pronta ação das entidades da Odontologia, explicou. “Os momentos de crise são aqueles em que mais se usa o SUS. E recentemente 2 milhões de pessoas perderam seus empregos e dependem do sistema pú- blico. É importante a gente resistir e manter um projeto de saúde pública para o Brasil”. A importância do debate sobre saúde pública levou o CIOSP a integrar o Encontro de Coordenadores de Saúde Bucal do Estado de São Paulo à pauta oficial do congresso. “Precisamos conti- nuar acreditando. A discussão de Saúde coletiva vai continuar como evento ofi- cial, ou seja, mesmo que mude o presi- dente da APCD, o tema continua. Vamos incentivar nos próximos anos maior participação”, enfatizou Adriano For- ghieri, presidente da entidade. Conforme o presidente da APCD, a primeira ação a ser tomada em tempos de crise é o corte de “supérfluos’. “Mas Odontologia é fundamental. E os Conse- lhos de Saúde nos municípios são um espaço de luta pela saúde bucal”, refor- çou. Segundo ele, o fato de o MEC ter inserido na grade curricular dos estu- dantes de Odontologia a vivência no SUS diz respeito ao aprendizado de uma prática de saúde mais humanizada. Resta, agora, saber gerir os recursos que foram diminuídos com os cortes da PEC. Ele aposta na articulação de lide- ranças de bairros e de conselhos de Saúde para conseguir fazer cumprir os planos diretores e para que os cirurgi- ões-dentistas aprendam a trabalhar co- letivamente em prol do respeito à saúde nacional. E garantiu o papel das entida- des odontológicas nessa luta: “Se preci- sar iremos a Brasília, iremos”, afirmou, destacando que o Brasil é referência na Europa em termos de saúde pública co- letiva. Ação em rede, articulação para preservação de direitos No encontro, a primeira mesa de de- bate, intitulada “Saúde no Brasil – di- reito ou mercadoria?” convidou o pú- blico a refletir sobre o compromisso nacional com o bem-estar de mais de 200 milhões de pessoas que têm direito à saúde bucal. Quais os mecanismos de A saúde pública como direito garantido pela Constituição Debate sobre a defesa dos investimentos no SUS conduziu o Encontro de Coordenadores de Saúde Bucal do Estado de São Paulo na manhã de ontem 03 de fevereiro 2017 AD ¨ 5 Da Esquerda: Doralice Severo da Cruz Teixeira, Paulo Capel Narvai, Marcos Capez, Adriano Forghieri e Marcos Manfredini. TDI0317_01-02_Title.indd 1 02.02.17 20:31 TDI0317_01-02_Title.indd 102.02.1720:31

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