Dental Tribune Edição Portuguesa | Nº 2 / 2024 CASO CLÍNICO 07 I T B © Figura 3 I T B © Figura 4 no dente 16, representando 38,5% dos casos, seguido do dente 26 em 30,8% dos casos. As restantes localizações dos implantes estudados são apresentadas na figura 4. O torque médio dos implantes inseridos foi de 43,8 Ncm (+/- 11,7). A perda óssea mesial média foi de 0,53 mm (+/- 0,55) e a perda óssea distal média foi de 0,37 (+/- 0,53). O tempo de seguimento dos implantes estudados foi de 37,3 meses, durante os quais não se registou qualquer falha do implante. Durante este período, também não fo- ram registadas complicações protéticas, pelo que a taxa de sobrevivência do implante e da prótese foi de 100%. Um dos casos do estudo é apresentado nas figuras 5-10. Discussão Os implantes de 6,5 mm reabilitados de forma unitária têm sido uma opção de tratamento que tem evitado cirurgias e procedimentos com morbilidade acrescida nestes casos, em que, de outra forma, teriam de ser rea- lizados procedimentos de regeneração óssea, mesmo para uma única unidade8-9. A maioria das complicações que surgem na carga ime- diata de implantes unitários são: perda de retenção da prótese, alterações na área reabilitada com exposição de componentes e má adaptação da prótese16. Estas desvantagens podem ser parcialmente ultrapassadas através do desenho de um transepitelial unitário que funcione em conjunto com uma interface que permita adequar a pressão exercida sobre o tecido, e obter perfis de emergência semelhantes aos dos dentes adjacentes. A seleção da peça protética adequada para cada caso pode fazer a diferença entre o sucesso ou o fracasso da nossa reabilitação dentária e, consequentemente, do nosso tratamento17. Além disso, evitar a introdução sucessiva do componente que está a ser trabalhado em ciclos de calor, separando a interface da restauração protética e podendo manipulá-la de forma independen- te, garante um ajuste correto ao nível prótese-transe- pitelial, evitando microinfiltrações que poderiam gerar mucosite e peri-implantite1-2. Bibliografia 1. Anitua E. Immediate Loading of Short Implants in Posterior Maxillae: Case Series. Acta Stomatol Croat. 2017;51:157-162. 2. Anitua E, Flores J, Flores C, Alkhraisat MH. Long-term Outcomes of Immediate Loading of Short Implants: A Controlled Retrospective Cohort Study. Int J Oral Maxillofac Implants. 2016;31:1360-1366. 3. Esfahrood ZR, Ahmadi L, Karami E, Asghari S. Short dental implants in the posterior maxilla: a review of the literature. J Korean Assoc Oral Maxillofac Surg. 2017;43:70-76. 4. Lemos CA, Ferro-Alves ML, Okamoto R, Mendonça MR, Pellizzer EP. Short dental im- plants versus standard dental implants placed in the posterior jaws: A systematic review and meta-analysis. J Dent. 2016;47:8-17. I T B © I T B © I T B © Figura 5: Imagem da tática de planeamento antes da inserção do implante. 6 7 Figuras 6 e 7: Enceramento da prótese sobre a camisa calcinável, interface do UNIT sem camisa calcinável e realização da estrutura da coroa metálica microfresada. 8 9 I T B © Figuras 8 e 9: Diferentes estruturas de coroas separadas e uma vez inseridas na boca. 5. Tutak M, Smektala T, Schneider K, Golebiewska E, Sporniak-Tutak K. Short dental implants in reduced alveolar bone height: a review of the literature. Med Sci Monit. 2013;19:1037–1042. 6. Queiroz TP, Aguiar SC, Margonar R, de Souza Faloni AP, Gruber R, Luvizuto ER. Clinical study on survival rate of short implants placed in the posterior mandibular region: reso- nance frequency analysis. Clin Oral Implants Res. 2015;26:1036–1042 7. Feldman S, Boitel N, Weng D, Kohles SS, Stach RM. 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