Edição portuguesa • Janeiro/Fevereiro 2021 | VOL. 12, NO. 1 News 45 distribuição: 366 da Bul- gária, 281 da Grécia, 276 da Polónia e 86 de Por- tugal. Destes, 56 % eram do sexo feminino. Quase 80 % tinham sofrido cá- ries recentemente, ape- sar de mais de 90 % dos pacientes terem decla- rado que escovavam os dentes diariamente, sen- do utilizada pasta com f lúor em 80 % dos casos. As lesões de cárie dentá- ria ativas e o risco de cá- rie parecem estar mais associados a pacientes com um estatuto socioe- conómico baixo. Foram observadas lesões de cárie ativas em 33,5 %, 48,2 % e 61,2 % dos pa- cientes com um estatuto socioeconómico elevado, médio e baixo, respeti- vamente. Coerentemen- te, os médicos dentistas indicaram um elevado risco de cárie em 36,6 %, 48,5 % e 70,0 % dos pa- cientes com um estatuto socioeconómico elevado, médio e baixo, respeti- vamente (Fig. 2). Relativamente à condi- ção dos doentes na con- sulta de foi detetada placa visível nos dentes em 53,2 % dos casos, presença de le- sões de cárie ativas em 44,1 % dos casos e sulcos profundos e fissuras em 38,2 %. Estas frequên- cias superiores nos pacientes portu- gueses (67,4 %, 77,9 % e 53,5 %, respetivamente). Durante a consulta de inclusão, a restauração direta foi o tratamen- to mais frequentemente administrado (a aproxi- inclusão, foram Fig. 1: Comparação entre médicos dentistas com e sem formação universitária em gestão do risco de cárie dentária em relação à sua adesão às orientações para a gestão do risco de cárie dentária. Fig. 2: Associação do estatuto socioeconómico dos pacientes com o risco de cárie dentária e a presença de lesões de cárie dentária. em gestão do risco de cárie dentária em clí- nica estava fortemente associada à aplicação das orientações para a prática diária (95 % vs. 60 %, respetivamente; Fig. 1). No geral, mais de metade dos médicos dentistas realizavam uma Avaliação do Risco de Cárie (ARC) sistemá- tica, havendo diferenças entre os países: 100 % na Grécia, 77,8 % em Portu- gal, 47,4 % na Bulgária e 35,7 % na Polónia. As ARC baseavam-se prin- cipalmente em exame oral (98 %), entrevista médica (79,6 %), avalia- ção nutricional (71,4 %), exames radiográficos (67,3 %), tratamento tópi- co com f lúor (51 %) e in- gestão de f lúor (40,8 %). Com menor frequência, eram também utiliza- das análises biológicas e escalas ou software de ARC. Foram na coorte 1009 pacientes, com uma média de ida- de de 35,4 anos (± 19,7), apresentando a seguinte incluídos